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Polícia confirma mais uma morte por síndrome nefroneural em Minas Gerais

Apesar da vítima ter apresentado os mesmos sintomas dos outros dezessete casos, a relação da morte com o consumo da cerveja contaminada ainda é investigada

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Polícia confirma mais uma morte por síndrome nefroneural em Minas Gerais
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A polícia civil de Minas Gerais confirmou, nesta quarta-feira (15), a segunda morte causada pela síndrome nefroneural. A vítima é um homem, que apresentava os mesmos sintomas dos outros 17 casos suspeitos de intoxicação, estava internado em um hospital de Belo Horizonte. No entanto, a relação do falecimento dele com o consumo da cerveja contaminada ainda está sendo investigada.

Outra morte, ainda suspeita, teria ocorrido no município de Pompéu, na região sudoeste do estado. A mulher esteve em Belo Horizonte no mês passado e consumiu a cerveja Belorizontina.

Até o momento, apenas uma morte causada pela síndrome nefroneural, em decorrência do consumo da cerveja, foi confirmada. Paschoal Dermatini, de 55 anos, morreu em Juiz de Fora. 

Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento encontraram indícios de contaminação na água utilizada em uma das etapas do processo de resfriamento usada na cervejaria Backer. Uma amostra coletada em um tanque de água fria, que abastece todos os outros usados pela fábrica, apresentou resultado positivo para duas substâncias.

O monoetilenoglicol e o dioetioenoglicol - um solvente altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática, e que pode levar à morte se for ingerido. 

"A gente fez uma análise dos relatórios de produção desses lotes. E vimos que esses lotes não estavam restritos a um ou outro tanque de produção, estavam distribuídos em diversos tanques. Passamos a abordar essa possível contaminação como algo sistêmico e que possa ocorrer numa etapa anterior à fermentação, que ocorre nesses tanques", explicou o coordenador de Vinhos e Bebidas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Agora, técnicos investigam em quais circunstâncias essas substâncias entraram em contato com as cervejas. A polícia trabalha com três possibilidades: vazamento, sabotagem ou uso incorreto do produto.
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