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Enem 2025: saiba como controlar a ansiedade e revisar os conteúdos essenciais antes da prova

Neste domingo (9), a prova é composta por 90 questões objetivas e uma redação; psicóloga explica como reduzir o estresse e descansar a mente às vésperas

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Poucos dias para o Enem: professor e psicóloga dão dicas para estudantes se prepararem para as provas. | Foto: Pexels
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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 começa nesse domingo (9) e a preparação não se resume apenas a revisar o conteúdo, mas também a gerenciar a ansiedade para entregar o melhor desempenho. As provas objetivas e a redação serão aplicadas nos dois próximos domingos (9 e 16), em 1.804 municípios brasileiros.

Ao SBT News, a psicóloga Yáskara Palma, coordenadora do curso de psicologia no Centro Universitário Facens, comenta que a ansiedade, obviamente, tende a aumentar nesse período: “O estudante pode ter a impressão de que não está preparado ou que faltaram muitos conteúdos a serem trabalhados."

No entanto, não é hora para se culpar ou se cobrar. Depois de tantos anos estudando, mesmo que sem planejamento, essa fase final deve ser dedicada ao equilíbrio, segundo a psicóloga.

"É fundamental ficar mais tranquilo, fazer exercícios de respiração para poder diminuir a tensão. O objetivo é deixar a memória preparada para ser utilizada e estimulada no momento que for necessário, ou seja, no momento da prova", pontua.

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Primeiro domingo do Enem abordará linguagens, ciências humanas e redação. | Reprodução
Primeiro domingo do Enem abordará linguagens, ciências humanas e redação. | Reprodução

Como se distrair e gerenciar a ansiedade antes do Enem?

❌ O que não fazer:

A primeira recomendação da psicóloga é não se sobrecarregar: “Estudar sem parar nas vésperas da prova não vai permitir que o aluno consiga ter uma leitura o mais adequada possível. Apenas o deixará ainda mais nervoso e mais ansioso, por isso é crucial diminuir a quantidade de estímulos."

Além disso, não é recomendável focar em resultados antes mesmo de o aluno realizar a prova. Também é importante evitar o consumo de vídeos curtos que estimulem comparações e aumentem a ansiedade.

✅ O que ajuda:

Dormir bastante é fundamental, especialmente nos dias que antecedem a prova. “Ter noites adequadas de sono na semana anterior à prova, não só na véspera. O estudante deve evitar o uso de telas antes de dormir e apagar luzes que atrapalham."

Yáskara também destaca a importância de desconectar, seja ouvindo músicas, lendo um livro que não seja técnico ou assistindo a algo leve. "Praticar coisas que tragam boas sensações, evitar pessoas que colocam um peso muito grande na prova e geram ansiedade. Faça atividades para que o cérebro possa desconectar um pouco dessa intensidade que foram os estudos nos últimos tempos", afirma.

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➡️ Na véspera e no dia da prova:

Para a véspera e dia da prova, a especialista aconselha que os vestibulandos:

  • Durma cedo na noite anterior;
  • Cuide da alimentação e evite refeições pesadas. "Às vezes, quando o candidato ou a candidata está muito angustiado, muito nervoso, não consegue comer, mas a questão da alimentação é fundamental", destaca;
  • Acorde com tempo para relaxar;
  • Tome um café da manhã leve e reforçado;
  • Faça exercícios de respiração. Você encontra tutoriais em vídeos na internet.
"No dia da prova, intensifique mais ainda esses cuidados: acorde com tempo para poder tomar um café, para poder relaxar, para poder acordar de modo cuidadoso. Pode colocar uma música para ajudar a acalmar, fazer exercícios de respiração, que sempre são muito positivos. Conversar com pessoas que tragam tranquilidade e serenidade nesse momento", orienta Yáskara Palma.

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Não estudei nada e queria dar uma revisada nos conteúdos... Por onde começar?

Alexandre Guassi, docente de Física no Centro Universitário Facens, diz que, nos dias que antecedem as provas, é essencial usar exercícios para identificar os pontos de domínio e as áreas que requerem mais atenção. No entanto, o professor alerta que “nos estudos e durante as provas, é um risco gastar tempo demais em conteúdos muito difíceis".

"É importante não valorizar os temas em que se tem muita dificuldade. É quase impossível saber tudo e o importante é estar bem preparado e garantir o acerto naquilo que se domina bem”, explica.

A psicóloga já recomendou que o aluno não fique se sobrecarregando tanto com conteúdos. Então Guassi reforça ainda que a combinação de simulados e exercícios é uma estratégia mais eficiente para a revisão final.

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Ele destaca alguns temas de estudo importantes em cada área:

  • Ciências Humanas - Priorizar História (Brasil Colônia, Idade Moderna e Contemporânea), com atenção especial à relação entre povos originários e colonizadores e questões sobre escravidão e cultura africana. Em Geografia, foque em Geopolítica, agrário e urbano, com destaque para os conflitos no Oriente Médio e o posicionamento de potências (EUA, China, Rússia). Filosofia e Sociologia devem abordar temas sociais, movimentos sociais e pensamento filosófico.
  • Ciências da Natureza - Biologia deve incluir ecologia, citologia, e temas contemporâneos como sustentabilidade, aquecimento global e efeitos climáticos, por causa da COP 30 que acontece neste ano no Brasil. Física deve focar em mecânica, eletricidade, termologia, e gráficos de movimentos. Química deve incluir conhecimento básico de reações e questões sobre energia (combustíveis fósseis e fontes renováveis), transição energética e produção de hidrogênio e amônia Verde. Matemática requer foco em álgebra, geometria, estatística e probabilidade, com ênfase na interpretação de gráficos e tabelas.
  • Linguagens - É crucial desenvolver a interpretação de diferentes tipos de texto (tirinhas, charges, poemas), com leitura crítica. O domínio da gramática e a análise de obras literárias também são importantes.
  • Redação - É determinante na nota global. "Leia o tema ou informações sobre a redação e comece a pensar sobre ele fazendo uma espécie de rascunho. Mas se estiver com dificuldade, deixe para depois. Resolva as outras questões, pois novas ideias podem surgir. Alguns temas atuais, sociais, econômicos e sobre cidades inteligentes (moradia, saúde, mobilidade urbana) devem ser praticados", orienta o professor.
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