IBGE: 72% das mães solo pretas ou pardas são pobres e 22% estão na extrema pobreza
Dados da Sínteses de Indicadores Sociais mostram que maiores diferenças de renda estão relacionadas a questões de raça e de cor
Famílias formadas por mães solo de cor preta ou parda com filhos de até 14 anos representam o grupo com maior incidência de pobreza no Brasil, com 72,2%. Deste grupo, 22,6% estão na linha da extrema pobreza. É o que mostram os dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta 4ª feira (6.dez) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostrada pelo IBGE mostra que as diferenças mais significativas na diferença de renda no Brasil seguem relacionadas as questões de cor ou raça.
Pessoas brancas recebem R$ 1.279,00 a mais, em média, que pessoas pretas ou pardas. Além disso, pretos e pardos representam mais de 70% do índice de pobreza no país. Na análise de pessoas extremamente pobres, pretos e pardos atingem índice de 7,7%, mais que o dobro do apresentado pela população branca (3,5%).
O latente desequilíbrio de gênero se torna ainda maior quando combinado com questões raciais. Mulheres pretas e pardas recebem em média R$ 1.781, quase R$ 500,00 a menos que o recebido por homens do mesmo grupo de cor ou raça.
As mulheres brancas recebem em média R$ 2.858,00, cerca de R$ 1.000,00 a menos que os homens brancos. Mesmo assim, elas ainda recebem mais que os homens pretos ou pardos e possuem renda média e ganham R$ 1.077 a mais que mulheres pretas ou pardas.
Os números da pesquisa mostram também que homens brancos recebem R$ 1.563,00 a mais que pretos e pardos e ganham mais que o dobro do rendimento médio registrado de mulheres pretas ou pardas.
