Justiça torna réu segurança acusado de matar jovem negro em supermercado de Santo André
Milton Miranda Filho responderá por homicídio triplamente qualificado após morte de Felipe Moraes em agosto, na Grande SP

Agência SBT
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) tornou réu nesta sexta-feira (24) o segurança acusado de matar o jovem Felipe Moraes de Oliveira, de 29 anos, dentro de um supermercado em Santo André, no ABC paulista. O caso aconteceu no dia 26 de agosto e foi registrado por câmeras de segurança.
Felipe entrou no supermercado com um cachorro no colo e foi advertido pelo segurança Milton Miranda Filho, de 58 anos, que informou que o estabelecimento não permitia a entrada de animais. Os dois iniciaram uma discussão que terminou com o jovem baleado.
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Segundo o TJSP, o Ministério Público acusou Milton por homicídio triplamente qualificado. O juiz Lucas Tambor Bueno decidiu aceitar a denúncia da Promotoria e tornou a prisão preventiva do segurança em temporária.
"Tais circunstâncias revelam periculosidade e conduta avessa ao convívio social, tornando imperiosa a custódia cautelar como garantia a ordem pública", argumentou o magistrado em sua decisão.
Relembre o caso
Felipe foi baleado em 26 de agosto, em um supermercado de Santo André, no ABC Paulista, após ser impedido de entrar acompanhado de seu cachorro.
Imagens de câmeras de segurança registraram a discussão entre ele e um segurança no estabelecimento. Felipe entrou no supermercado com um cachorro no colo e foi advertido pelo homem, que informou que o estabelecimento não permitia a entrada de animais.
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Após colocar o cachorro no chão, Felipe discutiu com o segurança. Em meio à confusão, levantou a camiseta para mostrar que não estava armado. Na sequência, tentou desferir um chute contra o funcionário, que reagiu com um disparo de arma de fogo.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o autor do crime foi preso em temporariamente.
Felipe foi enterrado no dia 27 de agosto, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. De acordo com a família, ele era artista visual, músico, artesão, percussionista e capoeirista.









