Conferência Eleitoral do PT tem discursos, carta pela "desbolsonarização do governo" e bandeira da Palestina
Evento começou nesta 6ª feira (8.dez) em Brasília; Lula prometeu ser "um bom cabo eleitoral" nas eleições de 2024
O primeiro dia da Conferência Eleitoral PT 2024, que ocorre nestes 8 e 9 de dezembro, reuniu militantes de várias cidades brasileiras, dirigentes da sigla, lideranças e pré-candidatos a vereador e prefeito no pleito do próximo ano, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O ato político de abertura do evento contou com discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, do presidente da Fundação Perseu Abramo -- braço acadêmico do partido --, Paulo Okamotto, e da secretária nacional de finanças e planejamento da legenda, Gleide Andrade.
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Todos falaram para um auditório praticamente lotado. No público, havia jovens, adultos e idosos. Muitas pessoas vestiam camiseta vermelha, cor do PT. Pessoas carregando bandeira do partido estavam por todos os lados.
No palco, além dos que discursaram, encontravam-se o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB); ministros do governo Lula, como Anielle Franco, da Igualdade Racial, Camilo Santana, da Educação, e Fernando Haddad, da Economia; governadores, como Jerônimo Rodrigues, da Bahia, Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, e Elmano de Freitas, do Ceará; e parlamentares, entre os quais os senadores Augusta Brito (PT-CE), Humberto Costa (PE) -- coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do Partido dos Trabalhadores -- e Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Congresso, e os deputados Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e Rogério Correia (MG), pré-candidato petista à prefeitura de Belo Horizonte.
Antes da chegada de Lula, do palco, um trio de músicos animou o ambiente com canções como Para Não Dizer que Não Falei das Flores, de Geraldo Vandré, Apesar de Você, de Chico Buarque, e a italiana Bella Ciao. Quando a primeira teve início, várias pessoas do público passaram a balançar no alto as bandeiras que carregavam. Até mesmo uma bandeira da Palestina pôde ser vista sendo balançada por uma mulher. Próximo a ela, havia um homem trajando uma camiseta com a escrita "Free Palestine" (Palestina Livre) estampada.
Quando o presidente da República chegou, apoiadores entoaram "Lula, guerreiro do povo brasileiro" e "olê, olê, olá, Lula, Lula" - que voltaram a ser entoados mais tarde quando o petista foi chamado para discusar. "Lula, guerreiro do povo brasileiro" ainda foi entoado num momento de seu discurso, quando falava sobre o período em que ficou preso em Curitiba.
Após o chefe do Executivo federal se acomodar no palco, o Hino Nacional brasileiro foi interpretado pelo trio de músicos, em forma de ciranda. Assim, os presentes no auditório foram convidados a darem as mãos.
Em seu discurso, Lula disse acreditar que as eleições municipais de 2024 terão, como no pleito do ano passado, um embate seu com Jair Bolsonaro (PL). O petista prometeu que será "um bom cabo eleitoral".
Mais de 5 mil pessoas se inscreveram para participar da Conferência Eleitoral PT 2024, que leva o nome de Marco Aurélio Garcia, em homenagem ao falecido petista que foi assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais nos governos Lula e Dilma Rousseff. Ele faleceu 20 de julho de 2017, aos 76 anos, em decorrência de um infarto. No ato político de abertura da Conferência, no auditório, também após a chegada de Lula, foi exibido um vídeo relembrando a trajetória de Marco Aurélio.
O ato político foi feito no Auditório Master do centro de convenções, que possui mais de 2.800 poltronas. Para acessar o espaço, o público precisava passar por detector de metais. Seguranças também estavam de prontidão para revistar pertences.
"Desbolsonarização do governo"
O Núcleo de Base Cidadania do PT do Distrito Federal aproveitou o primeiro dia do evento para distribuir a militantes da sigla uma "carta aberta ao presidente Lula" em defesa da "desbolsonarização do governo". O texto, escrito em 7 de dezembro, diz que "é preciso consciência que a complacência ou a pactuação mínima com quem se identifica ou se organiza como 'bolsonarista'" e se mantém no governo Lula "põe em risco principalmente a vitória da classe trabalhadora". "Os infiltrados em nosso projeto de retomada do país lutarão diariamente para sabotar e desequilibrar o governo, nossos dirigentes e militância que se sacrificaram heroicamente pela defesa da narrativa de Vossa Excelência", acrescenta.
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