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Chanceler da Argentina pede demissão dias antes de eleição legislativa de meio de mandato

Saída de Gerardo Werthein ocorre dias antes de eleições legislativas no país, marcadas para domingo (26)

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Presidente da Argentina, Javier Milei, ao lado do então ministro das Relações Exteriores do país, Gerardo Werthein, em Buenos Aires | 03/07/2025/Reuters/Alessia Maccioni
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O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, apresentou seu pedido de demissão, informou o gabinete presidencial da Argentina nesta quarta-feira (22), marcando a segunda saída dessa função durante a administração de quase dois anos do presidente Javier Milei.

Não ficou imediatamente claro o motivo da renúncia de Werthein ou quem substituirá o principal diplomata do país sul-americano, que anteriormente atuou como embaixador nos Estados Unidos.

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O anúncio foi feito dias antes de uma importante eleição legislativa no domingo (26), na qual o Partido libertário de Milei espera aumentar sua presença minoritária no Congresso para salvaguardar sua estratégia de cortes acentuados de gastos e austeridade para melhorar a economia da Argentina.

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O jornal local La Nación informou que era esperado que Werthein deixasse o cargo após a votação de domingo, mas ele apresentou sua renúncia na noite dessa terça (21).

Werthein ocupou o cargo por quase um ano, substituindo a primeira-ministra das Relações Exteriores de Milei, Diana Mondino, depois que ela foi demitida por votar a favor do levantamento do embargo dos EUA contra Cuba nas Nações Unidas.

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Sua demissão ocorre em um momento delicado para Milei, cuja popularidade, devido ao sucesso na redução da inflação, foi atingida pela raiva do público em relação aos impactos de seus cortes, principalmente sobre os idosos e deficientes, e por um recente escândalo de corrupção no governo.

No início desta semana, Milei disse que haveria uma mudança no gabinete após as eleições de meio de mandato, que enfrentam um maior escrutínio depois que Washington sinalizou que seu apoio financeiro à Argentina poderia depender dos resultados eleitorais.

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O Tesouro dos EUA concordou com uma linha de swap de moeda de US$ 20 bilhões com a Argentina e sinalizou que está trabalhando em uma linha adicional de US$ 20 bilhões com bancos e fundos de investimento.

(Reportagem de Leila Miller e Lucila Sigal)

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