Crise entre EUA e Venezuela aumenta com ações militares no Caribe
Enquanto Washington nega planos de invasão, presença naval norte-americana cresce e ONU condena ataques na região

SBT Brasil
Enquanto o presidente dos Estados Unidos nega qualquer plano de invadir a Venezuela, navios de guerra norte-americanos se aproximam cada vez mais do país latino. A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou os ataques a embarcações na região do Caribe.
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Fuzileiros navais aparecem atirando no mar do Caribe em um vídeo divulgado pela Marinha dos Estados Unidos. Nas imagens, eles utilizam uma metralhadora a bordo de um bote. Segundo o Pentágono, cerca de dez mil homens do Exército estão posicionados na região.
De acordo com informações oficiais, a ordem continua sendo eliminar embarcações suspeitas de transportar drogas com destino aos Estados Unidos. Até o momento, 14 barcos foram bombardeados. Na sexta-feira, um alto comissário da ONU pediu o fim dos ataques no Caribe e no Pacífico, que já deixaram 62 mortos.
Pelas redes sociais, o senador e chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, rebateu uma reportagem de um jornal dos Estados Unidos que afirmava haver planos de uma invasão terrestre iminente na Venezuela.
“Suas fontes, que afirmaram ter conhecimento da situação, te enganaram para você escrever uma história falsa”, escreveu Rubio.
Apesar das negativas de Washington sobre possíveis ataques a alvos em solo venezuelano, o presidente Nicolás Maduro afirmou ter enviado militares para reforçar a fronteira do país. Segundo ele, os Estados Unidos querem provocar “uma nova guerra eterna”.
O governo norte-americano mantém a recompensa de 50 milhões de dólares para quem fornecer informações que levem à prisão de Maduro — algo que, até agora, não convenceu seus aliados a entregá-lo.
Em Trinidad e Tobago, país mais desenvolvido do Caribe, o governo local ordenou que todos os militares e reservistas permaneçam de prontidão. O alerta foi emitido após um porta-aviões norte-americano ancorar próximo às ilhas.
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A Casa Branca reafirmou, nesta sexta-feira, a declaração do presidente Donald Trump de que bombardeios a alvos dentro da Venezuela não estão nos planos — pelo menos por enquanto. Neste sábado (1), o secretário de Guerra, Pete Hegseth, em visita à Malásia, foi questionado sobre o assunto. Ele agradeceu a pergunta, mas afirmou que não iria comentar operações militares que “podem ou não acontecer”.









