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Partido catalão anuncia retirada de apoio ao governo de Pedro Sánchez na Espanha

Decisão de retirar apoio ao socialista enfraquece base parlamentar e expõe tensão sobre promessas não cumpridas, como a anistia a líderes separatistas

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Líder do Junts, Carles Puigdemont e primeiro-ministro da espanhol Pedro Sanchéz - Bruna Casas / Xihao Jiang / Reuters
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A liderança do "Junts per Catalunya", partido regional pró-independência da Catalunha, decidiu nesta segunda-feira (27) retirar seu apoio ao governo do primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez.

A medida, ainda sujeita à ratificação pela base do partido, representa um duro golpe à frágil coalizão que sustenta o governo socialista no Parlamento.

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Com apenas 146 dos 350 assentos, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) depende do apoio de legendas menores para aprovar leis.

O Junts, que detém sete cadeiras, vinha oferecendo apoio pontual em troca de concessões políticas, como a controversa lei de anistia para líderes envolvidos na tentativa de independência da Catalunha em 2017.

Reunião em Perpignan e críticas de Puigdemont

A decisão foi anunciada após uma reunião em Perpignan, na França, onde vive o ex-presidente catalão e líder do Junts, Carles Puigdemont.

Segundo fontes do partido e da imprensa espanhola, Puigdemont acusou o governo de não cumprir os compromissos assumidos, especialmente no que diz respeito à anistia.

A Suprema Corte da Espanha manteve os mandados de prisão contra ele e outros acusados de desvio de fundos, alegando que a nova legislação não se aplica a esses casos.

Além disso, o Junts expressa frustração com o fracasso do governo em aprovar medidas que devolveriam à Catalunha o controle sobre a política migratória e com o que considera um esforço insuficiente para tornar o catalão um idioma oficial da União Europeia.

Embora a retirada do apoio não implique automaticamente na queda do governo, ela enfraquece significativamente a capacidade de Sánchez de governar.

Ainda não está claro se o Junts apoiaria uma eventual moção de desconfiança, o que exigiria aliança com partidos como o conservador Partido Popular e o ultradireitista Vox ambos contrários à autodeterminação catalã.

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