Polícia

Após megaoperação com 121 mortos, PRF reforça segurança nas estradas do Rio

Objetivo é impedir entrada de armas para o crime organizado; operação teve o maior número de mortos da história do país

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Quase uma semana após a megaoperação que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou o reforço da segurança nas estradas do Rio de Janeiro. A ação tem o objetivo de impedir a entrada de armas e munições destinadas a facções criminosas.

Segundo a PRF, 200 policiais rodoviários federais de outros estados serão enviados ao Rio ao longo desta semana. Até dezembro, o reforço deve alcançar 350 agentes. O trabalho se concentra em rotas conhecidas pelo contrabando de armamentos.

+Câmeras corporais mostram detalhes de megaoperação no Rio; policial aparece nas imagens antes de morrer

"São equipes selecionadas, policiais com experiência no estado e em operações especiais. O Rio tem um cenário completamente diferente de qualquer outra parte do país", afirmou o porta-voz da PRF-RJ, José Hélio Macedo.

Durante a operação, as forças de segurança apreenderam 120 armas, entre fuzis e pistolas, avaliadas em cerca de R$ 12,8 milhões. Entre os modelos encontrados estavam HK G3, FAL, AR10, AK-47 e AR15 — alguns com indícios de falsificação e peças de plástico, o que aponta a existência de fábricas clandestinas de armamento no país.

A Polícia Federal investiga o envolvimento de fábricas clandestinas no interior de São Paulo, como uma unidade em Santa Bárbara d’Oeste, descoberta há três meses. No local, foram apreendidas máquinas de alta precisão usadas para montar fuzis.

Operação mais letal da história do Brasil

A megaoperação realizada na semana passada foi considerada a mais letal da história do Brasil. Câmeras corporais registraram momentos de intenso confronto, incluindo o resgate de policiais feridos sob forte tiroteio.

Um dos agentes, o sargento Cleiton Serafim Gonçalves, foi atingido e acabou morrendo. Ele estava entre os quatro policiais mortos na ação.

O Instituto Médico Legal (IML) concluiu a identificação de 117 suspeitos mortos. Segundo a Polícia Civil, 115 tinham histórico criminal e 95% teriam ligação com o Comando Vermelho, principal facção do tráfico no Rio.

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