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Entenda como mãe e filha morreram intoxicadas por monóxido de carbono em apartamento

Perícia confirmou que a influenciadora Lidiane Lourenço e a filha de 15 anos morreram intoxicadas pelo gás; instalação tinha irregularidades

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Influenciadora e filha são encontradas mortas em apartamento no Rio
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A influenciadora Lidiane Aline Lourenço, de 33 anos, e a filha dela, Miana Sophya Santos, de 15, foram encontradas sem vida dentro do apartamento onde viviam, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O laudo da Polícia Civil indicou que a causa das mortes foi intoxicação por monóxido de carbono (CO). Antes, a perícia já tinha apontado irregularidades na instalação de gás do imóvel.

As duas foram achadas mortas no dia 9 de outubro, depois que vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros por causa de um forte cheiro vindo do apartamento. Lidiane estava em um dos quartos e a filha, na sala. O caso é investigado pela 16ª Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca.

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O que pode levar à intoxicação por monóxido de carbono?

Ao SBT, o diretor técnico da Natturagás, Henio Junior, comentou que acidentes do tipo geralmente acontecem por falta de ventilação adequada ou de manutenção periódica dos aparelhos a gás.

“Seria por falta de ventilação ou manutenção do aparelho, ou mesmo até pela falta de inspeção periódica de gás”, explicou.

Ele reforçou que todo ambiente com aquecedor ou fogão a gás deve ter ventilações inferior e superior, que permitem a circulação do ar e evitam o acúmulo de gases tóxicos.

“É importante frisar que, para a segurança de todos, é necessário que se tenha ventilação inferior de 3 a 4 cm, que seria na porta, e também ventilação superior, que seria na báscula, no friso, numa fresta, que tenha 600 cm²”, detalhou.

Além disso, chaminés fora de padrão, com rasgos ou instaladas de forma incorreta, podem causar o retorno do monóxido de carbono para o ambiente, aumentando o risco de intoxicação, segundo Henio.

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Perigo do monóxido de carbono

O monóxido de carbono é um gás incolor, inodoro e altamente tóxico, liberado pela queima incompleta de gás, carvão, lenha ou combustíveis. Quando inalado, ele se liga à hemoglobina do sangue, impedindo o transporte de oxigênio e levando à asfixia silenciosa.

Os sintomas iniciais, como dor de cabeça, tontura, sonolência, fraqueza e náusea, muitas vezes passam despercebidos, o que torna o perigo ainda maior.

Em casos mais graves, também pode levar a desmaios, falta de ar, convulsões, parada cardíaca, coma e até a morte.

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Como prevenir?

Para evitar tragédias, especialistas orientam:

  • Verificar regularmente as instalações de gás e os aquecedores;
  • Garantir ventilação adequada nos cômodos onde há aparelhos a gás. Nunca feche janelas e portas totalmente;
  • Usar equipamentos certificados e instalados por profissionais autorizados;
  • Instalar detectores de monóxido de carbono, que alertam em caso de vazamento;
  • Nunca ligue o carro com a garagem fechada.

Em situações de suspeita de vazamento ou intoxicação, a recomendação é deixar o local imediatamente, interromper o fornecimento de gás, chamar o Corpo de Bombeiros e buscar atendimento médico o quanto antes.

Lidiane e a filha foram sepultadas em Santa Cecília (SC), no dia 12 de outubro. As investigações seguem para esclarecer todos os fatos.

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