VÍDEO: criminoso se passa por membro de facção e ameaça funcionária de clínica em Brasília
Homem exigiu transferência por Pix e disse que criminosos invadiriam local; recepcionista chegou a acreditar inicialmente se tratar de um paciente comum

Isabela Guimarães
Marcos Santos
Uma gravação obtida com exclusividade pelo SBT mostra como criminosos aplicam golpes por telefone se passando por integrantes de facções criminosas para extorquir vítimas. Na chamada, que durou cerca de três minutos, o autor da ligação fez ameaças de morte, exigiu transferência por Pix e tentou obter informações da recepção de uma clínica localizada na Asa Norte, em Brasília.
Segundo a secretária que atendeu, visivelmente abalada, a ligação começou com uma identificação falsa e declarações de que os criminosos já estavam armados e iriam invadir a sala se a atendente desligasse.
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A funcionária, que estava acompanhada por uma paciente com um bebê, chegou a acreditar inicialmente se tratar de um paciente comum. Quando percebeu a intenção criminosa, correu com a paciente para um banheiro; a chamada foi encerrada pela secretária após cerca de três minutos.
Trechos da ligação revelam a estratégia do criminoso: mistura de intimidação, perguntas ostensivas sobre localização e câmeras e pedidos diretos por saldo bancário e números de contato de superiores.
Em diversos momentos, o agressor usa linguagem de alta agressividade inclusive xingamentos e instruções para que a vítima "pegasse o celular" e abrisse o aplicativo bancário e afirma pertencer ao Comando Vermelho (CV), num claro propósito de amedrontar.
"A gente conseguiu a íntegra da ligação. O criminoso liga sabendo pouco sobre o local, mas vai extraindo informações da própria vítima durante o diálogo, e isso é justamente o que os torna perigosos", explica a reportagem do SBT Brasília, que ouviu a secretária e teve acesso ao áudio.
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O que fazer se você receber uma ameaça parecida
- Desligue e contate a polícia: registre boletim e forneça o áudio, se possível;
- Não forneça informações pessoais ou bancárias por telefone;
- Confirme com colegas ou superiores a presença de pessoas no local antes de repassar qualquer dado;
- Acione a segurança do prédio e acompanhe câmeras internas (se houver), mas não confronte;
- Oriente equipes para treinos rápidos sobre como reagir a chamadas de emergência e golpes por telefone.









