Dólar fecha em queda após encontro entre Lula e Trump
Reunião entre os presidentes no fim de semana reduziu tensões e influenciou o câmbio nesta segunda-feira (27)

SBT News
com informações da Reuters
O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (27), influenciado pela desvalorização da moeda norte-americana no mercado internacional e pelo encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 0,42%, cotada a R$ 5,3706. No acumulado do ano, o dólar registra recuo de 13,08%.
A reunião entre Lula e Trump ocorreu no domingo (26), na Malásia, com foco na agenda comercial e econômica entre os dois países.
Segundo o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, Lula solicitou a suspensão da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros durante as negociações bilaterais.
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De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, não foi mencionado durante o encontro.
Em entrevista coletiva, Lula afirmou que Trump “garantiu” que Brasil e Estados Unidos chegarão a um acordo sobre comércio. O norte-americano, por sua vez, descreveu o presidente brasileiro como "um cara bastante enérgico" e classificou a reunião como “boa”. No entanto, demonstrou cautela ao afirmar: “não sei se algo vai acontecer, mas veremos”.
A sinalização positiva do encontro contribuiu para reduzir as tensões comerciais entre os dois países, o que favoreceu o câmbio. O Ibovespa também reagiu positivamente e se aproximou dos 147 mil pontos.
A queda do dólar no Brasil também refletiu o movimento global da moeda, que se desvalorizou frente à maioria das divisas internacionais. O cenário externo foi impulsionado pelo otimismo em relação a um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China, após declarações de Trump indicando disposição para negociar.
"Tenho muito respeito pelo presidente Xi e acho que chegaremos a um acordo", disse Trump a bordo do avião presidencial Air Force One, a caminho do Japão. "A China está chegando e será muito interessante."









