Mundo

Roubo no Louvre: Joias levadas precisam ser encontradas em até 24h, diz especialista

Depois desse período, possibilidade é que ladrões vendam peças já desmontadas ou derretidas

Imagem da noticia Roubo no Louvre: Joias levadas precisam ser encontradas em até 24h, diz especialista
Ladrões roubaram oito peças valiosas do museu | Reprodução
• Atualizado em
Publicidade

A França está correndo contra o tempo para prender os criminosos responsáveis pelo roubo no museu do Louvre, ocorrido no último domingo (19). Segundo Chris Marinello, CEO da Art Recovery International, empresa especializada na localização de obras de arte roubadas, a polícia tem até 24 horas para encontrar os ladrões, caso contrário as joias nunca serão recuperadas.

“[A polícia] sabe que nas próximas 24 horas, se esses ladrões não forem pegos, essas peças provavelmente desapareceram.. Eles não vão mantê-las intactas, vão quebrá-las, derreter o metal valioso, cortar as pedras preciosas e esconder as provas do crime”, disse Marinello ao programa de rádio Newshour da BBC World Service.

Ao todo, os ladrões roubaram nove peças, incluindo a coroa da Imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, que foi encontrada do lado de fora do museu. A suspeita é que a peça de ouro ornamentada, com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, tenha caído durante a fuga dos criminosos, sendo deixada para trás.

Veja as joias roubadas:

  • Tiara do conjunto de joias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense
Tiara do conjunto de joias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
Tiara do conjunto de joias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
  • Colar do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense
Colar do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
Colar do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
  • Brinco que faz parte de um par do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense
Brinco que faz parte de um par do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
Brinco que faz parte de um par do conjunto de joias de safira da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense | Divulgação
  • Colar de esmeraldas do conjunto Marie-Louise
  • Par de brincos de esmeralda do conjunto Marie-Louise
Conjunto Marie-Louise | Divulgação
Conjunto Marie-Louise | Divulgação
  • Grande nó corpete (broche) da Imperatriz Eugénia
Broche corpete que pertenceu Eugênia | Divulgação
Broche corpete que pertenceu Eugênia | Divulgação
  • Tiara da Imperatriz Eugénie
Tiara da Imperatriz Eugénie | Divulgação
Tiara da Imperatriz Eugénie | Divulgação
  • Broche conhecido como "broche relicário"
Broche conhecido como "broche relicário" | Divulgação
Broche conhecido como "broche relicário" | Divulgação

Para Marinello, caso a polícia não encontre os ladrões nas próximas horas, é improvável que as joias sejam recuperadas e, se forem, não estarão no estado em que se encontram atualmente. A suspeita é que as peças, após desmontadas, sejam usadas como um sistema de lavagem de dinheiro. “Eles podem até pegar os criminosos, mas não vão recuperar as joias”, disse o especialista.

O crime

Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 9h30 da manhã (horário local) de domingo (19), 30 minutos após o Louvre ser aberto ao público. Os assaltantes usaram um guindaste, instalado em um caminhão, e alcançaram uma janela da Galerie d'Apollon, onde ficam expostas joias da coroa e peças da coleção de Napoleão Bonaparte.

Rachida Dati, ministra da Cultura da França, afirmou que a ação durou menos de 4 minutos e que, quando a polícia chegou ao local, os criminosos já tinham fugido. "Chegamos imediatamente, alguns minutos após recebermos a informação do roubo. A operação durou quase quatro minutos. Foi muito rápido. Temos que admitir que são profissionais”, disse ela.

Uma investigação por furto em quadrilha organizada e associação criminosa foi aberta e confiada à Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB), sob a autoridade da Promotoria de Paris. Falando à rádio France Inter, o ministro da Justiça da França, Gérald Darmanin, admitiu falhas na segurança e lamentou que o caso possa sujar a imagem do país.

"O que é certo é que falhamos, porque alguém foi capaz de colocar um caminhão guindaste em plena luz do dia nas ruas de Paris, para que as pessoas se aproximassem por alguns minutos e levassem joias inestimáveis. Ter joias tão importantes roubadas de uma forma tão inacreditável, é claro, causa uma má impressão e também passa uma imagem muito negativa da França”, disse o ministro.

Em meio à repercussão do caso, o governo disse que fará uma revisão das medidas de segurança em instituições culturais e que reforçará a vigilância nos locais.

+ Museu do Louvre: Relatório vazado à imprensa alertava para falhas de segurança

Além do Louvre, que conta com um acervo de mais de 33 mil obras, a França tem diversos museus considerados importantes para a história da arte. Entre eles estão o Museu d'Orsay, famoso por sua coleção de obras-primas impressionistas e pós-impressionistas, e o Centro Pompidou, que concentra obras da arte moderna e contemporânea. Outro destaque é o Museu de Belas Artes de Lyon, que conta com obras de pintores como Rembrandt, Rubens, Delacroix e Monet, além de esculturas e outras peças.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade