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Quadrilha usava mansão de luxo no Guarujá como base para aplicar golpes

Criminosos simulavam escritórios de advocacia para enganar vítimas com processos judiciais e chegaram a alugar imóvel por R$ 30 mil

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Uma mansão de alto padrão em Guarujá, litoral de São Paulo, era usada como escritório de luxo por uma quadrilha especializada em aplicar golpes envolvendo processos judiciais. De acordo com a polícia, os criminosos estavam hospedados no local há cerca de uma semana, onde montaram toda a estrutura necessária para cometer as fraudes.

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Os suspeitos foram flagrados em plena ação, com computadores ligados no momento em que aplicavam os golpes. O imóvel, alugado por R$ 30 mil mensais, abrigava diversos equipamentos eletrônicos, como computadores, celulares, chips de cartões pré-pagos e acessos a plataformas como WhatsApp, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Instagram e páginas de escritórios de advocacia.

A operação foi conduzida por policiais que atuam em investigações contra facções criminosas e lavagem de dinheiro. As apurações revelaram que os golpistas utilizavam senhas clonadas para acessar processos no site do Tribunal de Justiça de São Paulo. Com essas informações, identificavam os advogados responsáveis, buscavam suas fotos nas redes sociais, criavam perfis falsos no WhatsApp e se passavam por eles para enganar as vítimas.

“Com o nome do advogado daquele processo, ele procurava esse advogado no sistema da OAB, identificava o profissional, buscava uma foto nas redes sociais, criava um perfil falso no WhatsApp e entrava em contato com a vítima”, explicou o delegado Fernando Santiago, responsável pelo caso.

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Os golpistas informavam falsamente que a vítima havia vencido a ação judicial, mas que era necessário realizar um pagamento. “Essa pessoa obviamente ficava muito feliz, confiava no advogado, e nesse momento eram trocados links. A vítima acabava transferindo o dinheiro para o golpista”, acrescentou o delegado.

Quatro integrantes da quadrilha foram presos na mansão, e outros cinco foram detidos na capital paulista poucas horas antes. Ao todo, nove pessoas foram presas em flagrante por estelionato e associação criminosa.

Apesar da gravidade do esquema, o crime não é considerado grave pela legislação brasileira. Os suspeitos pagaram R$ 10 mil de fiança cada um e foram liberados em seguida, deixando a delegacia pela porta da frente.

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