Ministério dos Direitos Humanos diz acompanhar "com preocupação" megaoperação no Rio de Janeiro
Operação das forças de segurança nos Complexos da Penha e do Alemão deixou ao menos 132 mortos e 81 presos

Gabriela Vieira
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) se manifestou nesta quarta-feira (29) sobre a megaoperação contra lideranças de facção criminosa deflagrada ontem no Rio de Janeiro. Segundo informou em nota, a pasta "acompanha com preocupação a operação coordenada pelo Governo do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão e outras regiões".
Até o momento, a megaoperação deixou ao menos 132 mortos e 81 presos, conforme informou a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Em resposta, o MDHC afirmou que o enfrentamento ao crime organizado deve ser conduzido "com base em inteligência, planejamento estratégico e, sobretudo, na preservação da vida".
"A segurança pública deve proteger todas as pessoas, com atenção àquelas em situações de maior vulnerabilidade. O Estado deve agir com firmeza e responsabilidade, sempre orientado pelos direitos humanos e pela Constituição", disse a pasta.
Nesta quarta (29), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o governo vai se reunir ainda hoje com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
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"Podemos disponibilizar efetivos das forças federais, peritos e especialistas. Temos também um banco de DNA, já podemos colocar à disposição. Vamos ouvir o governador e saber do que ele precisa", esclareceu.
Leia a nota do Ministério dos Direitos Humanos:
"Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania acompanha com preocupação a operação coordenada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão e em outras regiões, que resultou na morte de pelo menos 130 pessoas, entre civis e policiais, segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.
O MDHC reafirma que o enfrentamento ao crime organizado deve ser conduzido com base em inteligência, planejamento estratégico e, sobretudo, na preservação da vida.
A segurança pública deve proteger todas as pessoas, com atenção àquelas em situações de maior vulnerabilidade. O Estado deve agir com firmeza e responsabilidade, sempre orientado pelos direitos humanos e pela Constituição.
A política de segurança pública deve ser pautada por estratégia, planejamento e pelo princípio fundamental da preservação da vida — única base legítima para garantir paz, justiça e segurança para toda a sociedade brasileira".









