Política

Ministério dos Direitos Humanos diz acompanhar "com preocupação" megaoperação no Rio de Janeiro

Operação das forças de segurança nos Complexos da Penha e do Alemão deixou ao menos 132 mortos e 81 presos

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Megaoperação no Rio de Janeiro | Divulgação/Fernando Frazão/Agência Brasil
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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) se manifestou nesta quarta-feira (29) sobre a megaoperação contra lideranças de facção criminosa deflagrada ontem no Rio de Janeiro. Segundo informou em nota, a pasta "acompanha com preocupação a operação coordenada pelo Governo do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão e outras regiões".

Até o momento, a megaoperação deixou ao menos 132 mortos e 81 presos, conforme informou a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. Em resposta, o MDHC afirmou que o enfrentamento ao crime organizado deve ser conduzido "com base em inteligência, planejamento estratégico e, sobretudo, na preservação da vida".

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"A segurança pública deve proteger todas as pessoas, com atenção àquelas em situações de maior vulnerabilidade. O Estado deve agir com firmeza e responsabilidade, sempre orientado pelos direitos humanos e pela Constituição", disse a pasta.

Nesta quarta (29), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o governo vai se reunir ainda hoje com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

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"Podemos disponibilizar efetivos das forças federais, peritos e especialistas. Temos também um banco de DNA, já podemos colocar à disposição. Vamos ouvir o governador e saber do que ele precisa", esclareceu.

Leia a nota do Ministério dos Direitos Humanos:

"Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania acompanha com preocupação a operação coordenada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão e em outras regiões, que resultou na morte de pelo menos 130 pessoas, entre civis e policiais, segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

O MDHC reafirma que o enfrentamento ao crime organizado deve ser conduzido com base em inteligência, planejamento estratégico e, sobretudo, na preservação da vida.

A segurança pública deve proteger todas as pessoas, com atenção àquelas em situações de maior vulnerabilidade. O Estado deve agir com firmeza e responsabilidade, sempre orientado pelos direitos humanos e pela Constituição.

A política de segurança pública deve ser pautada por estratégia, planejamento e pelo princípio fundamental da preservação da vida — única base legítima para garantir paz, justiça e segurança para toda a sociedade brasileira".

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