Presidente da Colômbia chama megaoperação no Rio de 'barbárie'
Gustavo Petro divulgou nas redes imagens de corpos aparecem enfileirados na Praça São Lucas e afirmou que 'o mundo da morte está tomando conta da política'

Sofia Pilagallo
Murillo Otavio
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou como "bárbarie" a megaoperação deflagrada na terça-feira (28) contra o Comando Vermelho (CV) nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, ele divulgou um vídeo em que corpos aparecem enfileirados na Praça São Lucas, no Complexo da Penha.
"Essas lutas contra as gangues não são nada além de barbárie — o mundo da morte está tomando conta da política", escreveu Petro em publicação no X (antigo Twitter).
Outros líderes mundiais ainda não se pronunciaram sobre a operação, mas os consulados dos Estados Unidos, México, França e Alemanha emitiram avisos de segurança para cidadãos estrangeiros no Rio de Janeiro.
+Megaoperação no Rio supera massacre do Carandiru e se torna a ação policial mais letal da história
Com ao menos 121 mortos, segundo as forças de segurança do Rio, a operação já é considerada a mais letal da história da capital fluminense e do século 21, no Brasil. Em contraponto aos dados do governo do Rio, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que ao menos 132 pessoas morreram.
De acordo com o governo do Rio, a operação teve como objetivo desarticular a estrutura do CV, facção que domina territórios na capital fluminense. A Polícia Civil (PCERJ) informa que 113 pessoas foram presas até o momento. O governador Cláudio Castro (PL) classificou a ação como um "dia histórico no enfrentamento ao crime organizado".
A Defensoria Pública da União (DPU) e 29 entidades de direitos humanos repudiaram a operação, que chamaram de "uma matança produzida pelo Estado brasileiro". A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou estar "horrorizada" com a ação e cobrou investigação rápida.








