Moraes mantém prisão preventiva de Braga Netto por risco de fuga
General do Exército, réu do núcleo 1 da tentativa de golpe de Estado, foi detido em 10 de dezembro de 2024

Gabriela Vieira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (3) manter a prisão do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi condenado a 26 anos de prisão por tentativa de golpe.
Em sua decisão, o ministro defende que a prisão é justificada pelo "fundado receio de fuga do réu". No documento ele também renovou a prisão, que havia esgotado o limite de 90 dias.
+ Tentativa de golpe: STF começa a julgar recursos de Bolsonaro e outros seis réus em 7 de novembro
“O término do julgamento do mérito da presente ação penal e o fundado receio de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8/1/2023, autorizam a manutenção da prisão preventiva para garantia efetiva da aplicação da lei penal“, escreveu Moraes.
O ministro já havia rejeitado pedidos de liberdade provisória apresentados pela defesa do general. A última decisão foi em 5 de agosto. Segundo o Código Penal, o STF, neste tipo de detenção, precisa revisar a situação do preso cada 90 dias.
+ Braga Netto apresenta recurso contra condenação no STF
Então, Moraes, que é relator do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado, chegou a conclusão que não houve mudança no cenário que aliviasse a necessidade da prisão preventiva. Ele foi preso preventivamente em 10 de dezembro de 2024, por tentar obter informações relacionadas à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
Os embargos de declaração na ação do golpe do ex-ministro e dos demais réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, serão analisados a partir da próxima sexta-feira (7) no plenário virtual da Primeira Turma do STF.









