Política

"Primeira impressão é que foi operação extremamente cruenta e violenta", diz Lewandowski sobre ação no Rio

Ministro da Justiça e Segurança Pública afirmou que governo federal vai se reunir nesta quarta com governador Cláudio Castro para "verificar" necessidades do RJ

Imagem da noticia "Primeira impressão é que foi operação extremamente cruenta e violenta", diz Lewandowski sobre ação no Rio
• Atualizado em
Publicidade

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (29) que o governo federal vai se reunir ainda hoje com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para "verificar" necessidades do estado após megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) que deixou mais de 130 mortos.

Ele também disse que a "primeira impressão é que foi operação extremamente cruenta e violenta", e afirmou que será necessário analisar se esse tipo de ação é compatível com os princípios do Estado Democrático de Direito.

+Moradores encontram mais de 60 corpos em mata e total de mortes em operação no Rio chega a 132

Ao ser questionado sobre as ações do governo, ele relatou que uma GLO ainda não foi pedida pela autoridade estadual. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, é necessário que, para se instaurar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o governador deve reconhecer “a incapacidade das forças locais de enfrentar essas ameaças”.

Lewandowski acrescentou que o presidente Lula (PT) ficou "estarrecido" com número de mortes e comentou que não há "bala de prata" para a grave situação de segurança pública no RJ.

O ministro disse, portanto, que o governo não recebeu não recebeu comunicação oficial da megaoperação deflagrada ontem por forças estaduais.

“O presidente pediu que fizéssemos um apanhado geral do que aconteceu. Ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais. Mostrou-se surpreso com o fato de uma operação dessa envergadura ter sido desencadeada sem o conhecimento do governo federal", afirmou.

Lula determinou que o diretor-geral Andrei Rodrigues, da Polícia Federal (PF), e Lewandowski fossem ao Rio de Janeiro ainda nesta quarta-feira (29) para reunião com o governador Cláudio Castro. “Podemos disponibilizar efetivos das forças federais, peritos e especialistas. Temos também um banco de DNA, já podemos colocar à disposição. Vamos ouvir o governador e saber do que ele precisa”, deixou claro.

Megaoperação

Uma megaoperação das forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro, deflagrada nesta terça-feira (28), nos Complexos da Penha e do Alemão, deixou ao menos 132 mortos e 81 presos até o momento.

Lewandowski afirmou que Lula ficou surpreso que uma operação deste tamanho tenha sido realizada sem conhecimento do governo federal, para que tivesse algum tipo de apoio.

Ele também disse que o governo colocou à disposição do Rio de Janeiro vagas em presídios federais para alocar as lideranças criminosas. Além da disponibilidade de equipes da Força Nacional.

"É muito importante que se diga que a responsabilidade da segurança pública é dos governos estaduais. Com a PEC da Segurança Pública queremos inverter essa operação, queremos fazer com que todas as forças colaborem entre si, mudar esse panorama", afirmou.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade