Adolescente perde parte do intestino após engolir cerca de 100 ímãs
Garoto de 13 anos comprou objetos na internet; caso aconteceu na Nova Zelândia


Emanuelle Menezes
Um adolescente de 13 anos perdeu parte do intestino em uma cirurgia de emergência feita após ele engolir cerca de 100 ímãs de alta potência. O caso aconteceu na Nova Zelândia e foi publicado recentemente no New Zealand Medical Journal.
O garoto ingeriu entre 80 e 100 ímãs de neodímio, um material extremamente magnético – cerca de uma semana antes. Cada um deles media cinco milímetros por dois milímetros, segundo o relatório da revista científica. Os objetos foram comprados em um site internacional, segundo o menino.
+ Lixo espacial é visto no céu de três estados e do Distrito Federal; entenda fenômeno
Ele foi internado após quatro dias de dores abdominais e exames de imagem mostraram correntes de ímãs aderidas entre diferentes partes do intestino, unidas pela força magnética. O contato prolongado causou necrose por pressão e risco de perfuração intestinal.
Durante a cirurgia, os médicos encontraram quatro áreas necrosadas e precisaram remover parte do intestino para retirar todos os ímãs. Após oito dias de internação e tratamento de complicações leves, o paciente recebeu alta. O hospital onde o procedimento foi realizado não foi divulgado.
Os especialistas que participaram da intervenção alertam que a ingestão de múltiplos ímãs pode resultar em perfurações, infecções graves, fístulas e sepse. Mesmo após o tratamento, há risco de obstruções intestinais e dores crônicas ao longo da vida.
Na Austrália e na Nova Zelândia, a venda de pequenos ímãs de alta potência é proibida por lei. Porém, a fiscalização de produtos importados de sites estrangeiros ainda é um desafio. Segundo os pesquisadores, crianças conseguem acessar e comprar esses itens facilmente, sem restrições de idade ou alerta de segurança.









