Lô Borges, um dos fundadores do Clube da Esquina, morre aos 73 anos

O cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do Clube da Esquina, morreu na noite deste domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte. O artista estava internado há cerca de duas semanas em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após um quadro de intoxicação medicamentosa.

Segundo o boletim médico do Hospital Unimed - Unidade Contorno, Lô Borges faleceu em decorrência de falência múltipla de órgãos.

O músico estava sob ventilação mecânica desde o dia 17 de outubro. Durante o período de tratamento, ele passou por diversos procedimentos e foi submetido a uma traqueostomia para oferecer mais conforto.

Apesar da família ter notado uma melhora nos parâmetros clínicos nos dias seguintes, o artista teve que iniciar o tratamento de hemodiálise dois dias depois, em um esforço para auxiliar a função renal.

Nas redes sociais, Milton Nascimento lamentou a morte do amigo de mais de seis décadas: "Lô nos deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas mais geniais, inventivos e únicos", diz a publicação.

Clube da Esquina

Nascido em janeiro de 1952, Salomão Borges Filho era filho do jornalista Salomão e da professora Maria Fragoso, a Dona Maricota, casal que abrigou Milton Nascimento em Belo Horizonte nos anos 60.

Foi Milton quem deu o primeiro violão para Lô, aos 13 anos. Sete anos depois, eles lançaram o icônico álbum "Clube da Esquina" (1972). O nome do disco, inclusive, veio do apelido dado pela mãe do músico ao local em que ele e os amigos se juntavam para conversar.

Outros membros importantes do movimento foram Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Beto Guedes, Toninho Horta e Wagner Tiso.

Além de "Clube da Esquina" e "Clube da Esquina nº 2", são composições de Lô músicas como "Um girassol da cor de seu cabelo", "O trem azul", "Disco de Tênis" e "A Via-Láctea".