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Maduro diz que posicionou 5.000 mísseis russos em resposta a ações militares dos EUA

Maduro afirma que medida visa proteger a soberania nacional; governo Trump intensifica ataques a supostos traficantes no Caribe e Pacífico

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira (22) a implantação de mais de 5.000 mísseis russos (sistemas de defesa aérea Igla-S) em posições estratégicas por todo o território nacional.

Segundo ele, a medida tem como objetivo “garantir a paz, a estabilidade e a tranquilidade do povo venezuelano”.

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O anúncio foi feito durante um evento televisionado ao lado de autoridades do governo, em tom enfático:

“A Venezuela enviou nada menos que 5.000 Igla-S para posições-chave de defesa aérea”, afirmou Maduro, reforçando o caráter defensivo da ação.

A decisão ocorre em meio à intensificação das operações militares dos Estados Unidos contra supostos traficantes de drogas no Caribe e no Oceano Pacífico.

No mesmo dia, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, informou que o Exército americano matou cinco suspeitos em ataques a embarcações no leste do Pacífico, como parte da campanha antidrogas do governo Trump.

Essas ações se somam a pelo menos sete ataques recentes no Caribe, que resultaram na morte de 32 pessoas. O governo norte-americano, no entanto, tem fornecido poucos detalhes sobre as operações, como a quantidade de drogas apreendidas ou as evidências que justificaram os ataques.

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O presidente Donald Trump reiterou a possibilidade de atingir alvos em solo venezuelano, o que representaria uma escalada significativa nas tensões bilaterais. Segundo ele, qualquer ação nesse sentido será comunicada ao Congresso dos EUA.

Em resposta, Maduro negou qualquer envolvimento da Venezuela com o narcotráfico e classificou os ataques como “violações da soberania venezuelana”. O governo venezuelano tem denunciado as ações militares norte-americanas como parte de uma campanha de intimidação e ingerência externa.

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