Política

PL teme nova proibição de contato entre Bolsonaro e Valdemar após reabertura de investigação

Presidente do PL e ex-presidente são os nomes mais importante da cúpula do partido; medida atrapalharia na articulação das eleições de 2026

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O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro | Beto Barata/ PL
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A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reabrir investigação contra o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, deixou a legenda preocupada com a possibilidade da justiça decretar nova proibição de contato entre Valdemar e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida atrapalharia a legenda na articulação das eleições de 2026.

Valdemar e Bolsonaro são os nomes mais importantes da cúpula do PL.

O partido teme viver o mesmo choque na comunicação interna das eleições 2024, provocado por decisão do STF que proibiu contato de Valdemar com investigados pela tentativa de golpe. Ele e Bolsonaro ficaram, de fevereiro do ano passado até março de 2025, proibidos de conversar.

Na terça-feira (21), após voto do ministro Alexandre de Moraes para condenar grupo acusado de produzir desinformação política, a Primeira Turma do STF concordou que era caso de seguir com processo contra Valdemar. O processo apura envolvimento do presidente do PL em crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia optado por não denunciá-lo. Mas, para os ministros, não fez sentido Valdemar não ter a conduta julgada também.

Entre os condenados, está o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Rocha, que foi contratado pelo PL nas eleições de 2022 e divulgou que Bolsonaro teria ganhado a votação. Para o STF, a informação errada incentivou os ataques do 8 de janeiro de 2023.

Defesa de Valdemar

Procurado, o advogado Marcelo Bessa não comentou a decisão do STF. Aliados de Valdemar argumentam que o PL contratou o Instituto com aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2022, após as eleições, o TSE aplicou multa de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé no partido, devido à contratação e divulgação da pesquisa.

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