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Trump diz que não está considerando ataques na Venezuela

Maduro tem alegado repetidamente que os EUA têm a expectativa de tirá-lo do poder; presença militar norte-americana no Caribe deve se expandir

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O presidente dos EUA, Donald Trump | Divulgação/Daniel Torok/Official White House Photo
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira (31) que esteja considerando a possibilidade de realizar ataques dentro da Venezuela, em aparente contradição a seus próprios comentários da semana passada, e em meio a crescentes expectativas de que Washington possa em breve expandir as operações relacionadas ao tráfico de drogas.

Os EUA firmaram uma grande presença militar no Caribe nos últimos meses, com caças, navios de guerra e milhares de soldados. Essa presença ainda deve se expandir significativamente nas próximas semanas com a chegada do grupo de ataque do porta-aviões Gerald Ford.

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Nesta sexta, questionado por jornalistas a bordo do Air Force One se os relatos da mídia de que considerava ataques na Venezuela eram verdadeiros, Trump disse: "Não".

Não ficou imediatamente claro se Trump estava descartando futuros ataques dentro da Venezuela ou simplesmente dizendo que nenhuma decisão final havia sido tomada ainda.

Nas últimas semanas, Trump disse publicamente que seu governo realizará ataques contra alvos relacionados às drogas na Venezuela.

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"A terra será a próxima", disse Trump a jornalistas na semana passada.

A campanha dos EUA no Caribe e no leste do Pacífico já teve como alvo pelo menos 14 barcos que, segundo Washington, estavam envolvidos no tráfico de drogas, matando 61 pessoas.

Embora o momento exato de qualquer ataque terrestre não esteja claro, autoridades próximas a Trump sugeriram que pode ocorrer em breve.

O senador Lindsey Graham, um parlamentar republicano sênior, disse no domingo (26) que Trump havia lhe dito que planeja informar os parlamentares sobre as operações militares contra a Venezuela e a Colômbia quando ele retornasse de sua viagem à Ásia.

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Trump retornou a Washington nessa quinta.

Uma autoridade dos EUA disse sob condição de anonimato que os militares forneceram uma série de opções, incluindo ataques contra instalações militares dentro da Venezuela, como pistas de pouso.

A oposição venezuelana, os grupos de vigilância e alguns vizinhos latino-americanos têm acusado o governo venezuelano – especialmente os militares – de ter vínculos com o tráfico de drogas, especialmente no oeste do país, ao longo da fronteira com a Colômbia. O governo do presidente Nicolás Maduro sempre negou quaisquer conexões criminosas.

Maduro tem alegado repetidamente que os EUA têm a expectativa de tirá-lo do poder.

(Reportagem de Nandita Bose, Steve Holland e Idrees Ali em Washington)

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