Médico condenado por emitir laudos falsos para liberar cultivo de maconha é preso no Rio
Esquema incluía diagnósticos falsos de doenças graves, a fim de justificar judicialmente o plantio de maconha, dizendo ser para "uso medicinal"
SBT Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), prendeu na manhã dessa quinta-feira (23) um médico condenado por falsificação de laudos médicos usados para liberar ilegalmente o cultivo de maconha sob o pretexto de uso medicinal.
A captura foi realizada após um trabalho de inteligência da DRF, que rastreou o paradeiro do condenado e executou o mandado de prisão decorrente de sentença penal condenatória. Segundo os investigadores, a ação encerra o "ciclo de impunidade" que cercava o caso.
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Como funcionava esquema do médico?
De acordo com a Polícia Civil, o médico era figura central em uma rede criminosa que se utilizava da medicina para burlar controles legais e sanitários. O grupo emitia laudos falsos com diagnósticos simulados de doenças graves, apresentados à Justiça para justificar o plantio doméstico de grandes quantidades de maconha.
Embora os documentos afirmassem se tratar de uso medicinal, as investigações comprovaram que o esquema mascarava atividades ilícitas e gerava lucro indevido para os envolvidos.
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Além das fraudes, o profissional também foi condenado por extorsão. Segundo a DRF, ele ligava para pacientes e familiares beneficiados por decisões judiciais obtidas com base nos laudos falsos e exigia pagamentos sob ameaças veladas, explorando o medo da perda das autorizações para o cultivo e sua posição para intimidar as vítimas. Ele cobrava cerca de R$ 50 mil.
As apurações revelaram uma rede extensa de manipulação de documentos e conivência profissional, com dezenas de diagnósticos falsos e autorizações judiciais indevidas.








