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Polícia prende dupla ligada a fábrica clandestina de canetas emagrecedoras em São Paulo

Dois suspeitos foram presos em flagrante por fabricar versões falsas de remédios como Mounjaro e Ozempic na zona leste da capital

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Uma denúncia anônima levou a Polícia Militar de São Paulo até os veículos usados por uma quadrilha especializada na fabricação de medicamentos falsificados. Dentro dos carros, os agentes encontraram canetas emagrecedoras, seringas e dezenas de frascos com insumos utilizados em uma fábrica clandestina na zona leste da capital.

Durante a operação, dois suspeitos foram presos em flagrante. Segundo a polícia, um deles confessou como funcionava todo o esquema e a cadeia de produção dos remédios ilegais ligados ao crime organizado.

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De acordo com as investigações, o grupo comprava os insumos no comércio ilegal, em mercados alternativos, e depois levava o material até o laboratório clandestino, onde tudo era manipulado. Os criminosos falsificavam rótulos de medicamentos como Mounjaro e Ozempic e etiquetavam os produtos.

Esses medicamentos originais são usados no tratamento do diabetes, mas ganharam fama pelo efeito emagrecedor. No mercado regular, custam entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. Já as versões falsificadas eram vendidas bem abaixo do preço, sem comprovação de eficácia e com alto risco à saúde.

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Para a polícia, a dupla presa faz parte de um esquema maior. Ainda falta identificar os fornecedores dos insumos e os compradores responsáveis por revender os medicamentos no mercado paralelo e em farmácias de pequeno porte.

Três celulares foram apreendidos e podem ajudar nas investigações após a quebra do sigilo telefônico, revelando conversas, movimentações e ligações entre os envolvidos. O caso segue sendo investigado pela delegacia responsável.

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Santo André

Recentemente, outra denúncia anônima levou à descoberta de um laboratório clandestino em Santo André, na região metropolitana. Um idoso de 69 anos foi preso e confessou importar os insumos do Paraguai. Conforme o Código Penal, o crime de falsificação, corrupção ou adulteração de produtos terapêuticos ou medicinais prevê pena de 10 a 15 anos de prisão, além de multa.

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