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Polícia prende quatro mulheres por tortura de garota de programa

Vítima estava no Rio Grande do Sul e foi encaminhada de volta para o estado de origem

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Mulheres são presas acusadas de torturar garota de programa | Polícia Civil/RS
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Quatro mulheres foram presas, suspeitas de manter em cárcere privado e torturar uma garota de programa em Vista Alegre do Prata, na Serra Gaúcha. Entre as presas está a dona de uma boate, de 45 anos, apontada como responsável por iniciar os castigos após alegar ter recebido uma mensagem espiritual, dizendo que a vítima planejava matá-la.

De acordo com a Delegacia de Polícia de Nova Prata, que coordenou a operação, a vítima, de 30 anos, trabalhava no local há dois anos e sofria agressões físicas, privações de comida e abusos psicológicos diários. As suspeitas, incluindo a proprietária, a esposa dela e duas outras funcionárias da casa, impunham castigos e controlavam a rotina da vítima, que chegou a emagrecer muito e apresentar diversas lesões pelo corpo.

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Segundo as investigações, uma das mulheres acompanhava a vítima durante os atendimentos a clientes para garantir que ela não pedisse ajuda. A violência teria começado em maio deste ano, como parte de uma suposta “obrigação religiosa” usada pelas agressoras para justificar os crimes. A descoberta começou quando a dona da boate relatou à Polícia Militar ter recebido uma nova “mensagem de uma entidade” envolvendo um policial. A PM desconfiou da história e passou a investigar o caso. Em uma segunda visita ao local, a vítima confirmou as agressões e revelou a rotina de tortura a que era submetida. Durante a operação, os policiais cumpriram mandados de prisão e busca e apreensão, além de acionar a prefeitura para cancelar o alvará da boate e recolher cães encontrados em más condições no local. Quatro mulheres foram levadas ao Presídio Estadual de Nova Prata, onde permanecem à disposição da Justiça. A delegada Liliane Pasternak Kramm, responsável pela investigação, classificou o caso como “um crime grave, com contornos de violência e perversidade que chocam até mesmo policiais acostumados à brutalidade”. A vítima ficou internada por 14 dias e foi levada para o Nordeste do país, onde se recupera com a família. O inquérito segue em andamento e deve ser concluído nos próximos dias.

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