Alckmin espera avanço rápido em acordo comercial entre Brasil e Estados Unidos
Não há previsão para nova conversa, mas vice-presidente diz que negociações comerciais estão avançando bem e que "todo o trabalho tá sendo feito"


Victória Melo
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (31) que as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos devem avançar nas próximas semanas.
“Todo o trabalho está sendo feito para suspender esses 40% [de tarifa] enquanto negocia”, disse Alckmin após cerimônia de entrega de casas do programa Minha Casa, Minha Vida, em Bauru (SP).
“Eu diria que avançou muito. E o presidente Lula teve com o presidente Trump em Nova Iorque lá na no encontro da ONU e teve agora na Malásia, no encontro da ASEAN. Então, acho que nós vamos ter bons desdobramentos para poder avançar mais", afirmou o vice-presidente.
Alckmin ressaltou ainda que o Brasil mantém uma posição sólida no comércio exterior. “Entre os países do G20, só três — Estados Unidos, Reino Unido e Austrália — têm superávit na balança comercial com o Brasil”, reforçou.
Enquanto o novo acordo não é definido, o governo adotou medidas emergenciais para apoiar as empresas exportadoras e preservar empregos. Segundo o vice-presidente, o pacote inclui:
• R$ 40 bilhões em crédito, com juros entre 6% e 9,5% ao ano;
• Postergação do pagamento de tributos até dezembro;
• Prorrogação do regime de drawback por mais um ano;
• Criação de um novo Reintegra, que concede crédito tributário de 3,1% para empresas que perderam exportações aos EUA, mas venderem para outros mercados.
Alckmin disse ainda que não há data marcada para uma nova conversa bilateral, mas demonstrou otimismo: “Não tem data marcada, mas eu acho que nós vamos avançar rápido”, afirmou.









