Motta anuncia votação da urgência de projeto que proíbe cobrança de 'mala de mão' em voo
Presidente da Câmara também incluiu propostas da área de segurança pública entre as prioridades da semana

Victória Melo
Márcia Lorenzatto
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que vai pautar nesta terça-feira (21) a urgência do Projeto de Lei 5041/2025, que proíbe a cobrança de taxa para o transporte de bagagem de mão em voos.
O PL 5041/25, de autoria do deputado Da Vitória (PP-ES), garante por lei o direito de o passageiro levar gratuitamente uma mala de mão e um item pessoal, como bolsa, mochila ou pasta, em voos domésticos e internacionais que passem por território brasileiro.
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O texto proíbe tarifas que excluam esse direito e determina que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fiscalize o cumprimento da norma. A cobrança só será permitida quando o peso ou as dimensões ultrapassarem os limites regulamentares.
Na justificativa, o autor afirma que a proposta protege o consumidor e evita um “ônus indevido” ao passageiro, diante da intenção de companhias aéreas de criar tarifas que excluem a mala de mão. O projeto não interfere na competência da Anac, mas transforma em lei uma regra já prevista na resolução 400/2016, que garante até 10 quilos de bagagem de mão.
A cobrança de mala de mão para voos internacionais começou a ganhar força em companhias brasileiras no ano passado. Mas, por enquanto, isso não vale para voos nacionais.
Se a urgência for aprovada nesta terça, o projeto poderá ser votado diretamente no plenário, sem passar por comissões temáticas.
Segurança
Em publicação nas redes sociais, Motta classificou o tema como o “alerta da semana” e afirmou que a proposta será votada junto com projetos da área de segurança pública, como o que aumenta a pena de homicídio contra agentes públicos (PL 4176/25) e o que dificulta a soltura de criminosos reincidentes (PL 226/24).
Segundo o presidente, essas matérias foram consenso entre os secretários de Segurança Pública de todo o país, que apresentaram as demandas em reunião com o Legislativo.