Justiça do RS determina soltura de professor acusado de crimes sexuais contra 6 mulheres
Defesa do professor apresentou um pedido de soltura, que foi acolhido pelo juízo; ele foi preso no dia 26 de setembro

Antonio Souza
A Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) determinou, nesta terça-feira (21), a soltura do professor universitário e advogado Conrado Paulino da Rosa, suspeito de cometer crimes sexuais e violência psicológica contra mulheres em Porto Alegre. A decisão foi confirmada pelo SBT News nesta quarta-feira (22).
Segundo o TJRS, a defesa do professor apresentou um pedido de soltura, que foi acolhido pelo juízo. Em nota, o órgão afirmou que o processo tramita em segredo de justiça.
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Conrado foi preso preventivamente no dia 26 de setembro. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos seis mulheres relataram ter sido vítimas do professor.
As denúncias indicam que ele utilizava medicamentos para sedação, seguidos de agressões durante as relações sexuais e de violência psicológica.
Os depoimentos das vítimas apresentam semelhanças significativas, mesmo sem que elas se conhecessem anteriormente.
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Na ocasião, o professor publicou uma nota em suas redes sociais, afirmando confiar que, após a investigação e a oitiva de testemunhas, “a verdade dos fatos se sobressairá”. Ele reforçou que “investigação não equivale a condenação” e repudiou “qualquer forma de violência contra a mulher”.
A Polícia segue com as investigações, já tendo identificado todas as vítimas. No entanto, por se tratar de supostos crimes sexuais, detalhes da apuração não foram divulgados.
Relembre o caso
A Polícia Civil investiga o advogado e professor universitário Conrado Paulino da Rosa por suspeita de abusos sexuais cometidos contra seis alunas entre os anos de 2013 e 2025, no Rio Grande do Sul.
Os relatos das vítimas indicam que os crimes teriam ocorrido mediante uso de medicação para sedação, seguidos de agressões durante as relações sexuais e violência psicológica.
Segundo informações obtidas pela produção do SBT, os depoimentos das mulheres apresentam semelhanças significativas, apesar de elas não se conhecerem até poucos dias atrás.
A advogada Gabriela Souza, que representa as vítimas, afirma que o comportamento do investigado era padronizado: ele se aproximava de forma sedutora e, posteriormente, adotava atitudes violentas.
No dia 26 de setembro, a Polícia Civil prendeu temporariamente o professor.
Professor foi desligado em caráter administrativo
A Fundação Escola Superior do Ministério Público divulgou nota informando que Conrado Paulino da Rosa não integra mais o corpo docente da instituição.
O desligamento foi decidido em caráter administrativo, sem juízo antecipado sobre eventuais responsabilidades relacionadas aos fatos externos.
A nota reforça que a escola é contrária a qualquer forma de violência, especialmente contra mulheres.